
A Sociedade Portuguesa de Nefrologia e a Associação Portuguesa da Medicina Geral e Familiar promovem a realização de um estudo sobre a utilização da determinação da micro albuminúria nos cuidados de saúde primários. O objetivo é conhecer a realidade portuguesa na utilização deste importante biomarcador de lesão renal.
Os resultados serão apresentados no Encontro Renal de 16 a 18 de Novembro de 2023.
Nota importante:
Deverá submeter o seu abstract na categoria: MGF: Microalbuminúria;
Em caso de dúvida, por favor contacte: apoio.tecnico@spnefro.pt
Apresentação de Conteúdos à Mesa Redonda de Medicina Geral e Familiar:
A microalbuminúria (MA) é um biomarcador de doença renal. A ocorrência de MA persistente permite identificar pessoas com doença renal crónica, inclusive em estádios precoces (estádios 1 e 2). Não é conhecida a realidade portuguesa na utilização deste instrumento diagnóstico ao nível dos Cuidados de Saúde Primários. Assim, o desafio que lançámos terá como objetivo avaliar a realidade da utilização da determinação da MA nos CSP. A proposta será a de um Estudo Transversal em doentes que venham a ser observados na Consulta num determinado período pré-definido.
Sugestão de variáveis a serem colhidas e sistematizadas em base de dados:
a. Dados demográficos
b. Atividade física, tabagismo ativo
c. Comorbiliddes: HTA, diabetes, Insuficiência cardíaca, outras patologias
d. Realização de retinografia (nos diabéticos) e resultado – retinopatia diabética (sim ou não)
e. Creatininémia (último valor disponível de 2022)
f. Análise urina: presença de proteínas, microaalbuminúria
g. Análise plasmática: Hemoglobina, ferritina, transferrina e saturação da transferrina, Hg A1c (última determinação).
h. Terapêutica atual (insulina, IECA, ARAII, antagonistas mineralocorticóides, GLP1, bloqueadores dos canais de cálcio, beta-bloquedores, iSGLT2, anti-plaquetários, Estatinas, anti-coagulantes orais).
Sugestão de questões clínicas pertinentes:
a. Quantos dos seus doentes, observados neste intervalo de tempo, tiveram uma determinação de MA em 2022?
b. Metodologia utilizada na determinação da MA
i. Com recurso a recolha de urina 24h
ii. Em amostra de urina – apenas MA
iii. Em amostra de urina – relação albumina/creatinina
iv. Em amostra de urina – relação proteínas/creatinina
c. Quantos dos seus doentes em que a determinação foi positiva (> 30 mg/g ou 30mg/dia), ocorreu repetição desta determinação?
d. Quantos doentes eram diabéticos (tipo 2 e tipo 1), quantos eram hipertensos e quantos tinham insuficiência cardíaca (estratificar por gravidade NYHA)?
e. Estratificação dos doentes com MA – naqueles em que se fez a relação albumina creatinina urinária - ( <30 mg/d; entre 30 e 300 mg/g; superior a 300 mg/g);
f. Quantos dos seus doentes com MA estavam medicados com IECA, ARA, MRA, iSGLT2 ?
g. Quantos dos seus doentes com MA estavam referenciados/acompanhados em consultas hospitalares de Nefrologia/Endocrinologia/Diabetologia/Medicina Interna/Cardiologia ?